quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Plantão noturno no CAPs Rocinha.

Tive a oportunidade de passar uma noite no Centro de Atenção Psicossocial da Rocinha. Participei de uma reunião entre os funcionários de plantão, reunião essa que acontece todos os dias. Esse momento serve para conversar sobre os pacientes, sobre a intersetorialidade, formas de divulgar a função do CAPs entre outros. Achei maravilhoso esse momento, que além de integrar a equipe contribui para o tratamento da paciente que é visto considerando os diversos aspectos da sua vida e não simplesmente o sofrimento psíquico. Após a reunião houve a troca do pessoal e os funcionários da noite assumiram. Durante esse turno só havia uma paciente passando a noite no local. Percebi uma vontade dos funcionários em ajudá-la, pois essa paciente tem seu sofrimento psíquico relacionado ao corpo, nessa noite ela estava sentindo algo na garganta, entretanto, quando questionei sobre algum conhecimento técnico na área só um dos três funcionários afirmou ter formação na área da saúde mental. Acredito que seja fundamental uma atenção dos gestores na formação e educação permantente desses profissionais. De forma sucinta, a experiência foi única e especial.

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Primeira visita ao CAPs Rocinha!



No dia 24 de Janeiro, visitamos o Centro de Atenção Psicossocial da Rocinha. No mesmo espaço está situada uma UPA e uma Clínica da Família. Essa estrutura também é nova e bastante interessante, contudo, não tem janelas, em função do material, não existe isolamento acústico e não tem saída direto do CAPs, tendo que passar pela UPA.
Tivemos contato com três frequentadores do Centro, que participaram do "passeio" nos apresentado os espaços.
Estava prevista uma reunião entre os funcionários e usuários, a qual me deixou bastante interessada, infelizmente não aconteceu, não fiquei sabendo porquê.
Conversamos com a Diretora Débora, o cordenador técnico Thiago e o cordenador administrativo Claúdio. Eles explicaram o que é o CAPs, quais as atividades, as rotinas daquela unidade em especial etc.
Foi aberto um espaço para participarmos do plantão noturno e vivenciar o acolhimento. Amanhã vai ser a minha vez.

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Oficina de fotografia!

No sabádo pela manhã tivemos a oportunidade de conversar e aprender um pouco mais sobre fotrografia! É importante entender a função desse meio de comunicação e qual a melhor forma de passar a informação que desejamos, considerando iluminação, excesso de conteúde, aspectos éticos entre outros. Após uma conversa fomos para Santa Tereza por em prática o aprendizado!
Adorei a atividade!

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Visita a unidade de pronto atendimento de manguinhos!

No dia 20, conhecemos a Unidade de Pronto Atendimento de Manguinhos localizada no município do Rio de Janeiro. As UPAs são responsáveis pelo atendimento a urgências e emergências médicas e odontológicas, com demanda espontânea de pacientes. O objetivo dessas unidades é reorientar o fluxo dos atendimentos de emergências hospitalares que encontram-se sobrecarregadas. Diferente das clínicas da saúde da família, o antendimento nas UPAs não está vinculado com a região onde o indivíduo mora.
A UPA que visitamos está localizada no mesmo terreno de uma Clínica da Saúde da Família dando a idéia de rede de serviços de saúde, uma realidade que queremos, mas ainda não temos. Naquela região em especial, a UPA é o serviço de saúde mais próximo e viável para os moradores de bairros vizinhos, isso porque a clínica da família atende apenas os moradores de manguinhos, os moradores de bairros próximos acabam ficando sem atenção básica, tendo como único recurso a unidade de pronto atendimento. Essa falta de atenção aos demais bairros acaba sobrecarregando a UPA, além de possibilitar um fugimento do foco do serviço.
A UPA de manguinhos é nova, com uma estrutura ampla, mais leitos do que a maioria, e com uma equipe profissional aparentemente satisfeita e bem articulada. Nos dividimos para conhecer todas as áreas e profissionais envolvidos no processo de trabalho, desde o acolhimento até a internação dos leitos.
A Unidade de Pronto Atendimento me parece ser uma boa idéia para mudar a realidade das emergências sobregarregadas. Entretanto, é necessário considerar que implantar apenas UPAs não será o suficiente para responder às necessidades da atenção básica. É fundamental que haja uma rede que dê conta das diversas demandas das comunidades, isso envolve postos, ou clínicas da família, UPAs e CAPs.
Além dessa atividade, fomos visitar a biblioteca, resultado do PAC. Um espaço lindo, de cultura e integração onde se tem acesso a todo tipo de literatura, a internet, filmes, computadores, cursos entre outros. Fiquei bastante impressionada com aquela estrutura e o impacto naquela comunidade.

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sábado, 22 de janeiro de 2011

Oficina Infosaúde

Nesta sexta, participamos da Oficina InfoSaúde. O InfoSaúde tem como objetivo disponibilizar informações científicas de qualidade sobre assuntos relevantes para a saúde individual e/ou coletiva com pouca visibilidade social e política. Essa ferramenta de informação é disponibilizada para toda sociedade por meio impresso e on-line, mas tem como foco os profissionais da saúde visando colaborar para a educação continuada desses trabalhadores.
Nossa primeira conversa foi com a editora do InfoSaúde, Luiza Silva, que falou sobre os aspectos que devemos considerar ao escrever sobre determinado assunto, tais como: aplicabilidade, relevância, dúvidas, ineditismo, entre outros.
O intuito da oficina foi a apresentação do informativo e sua formatação, além de nos guiar na elaboração do volume que iremos produzir como produto da nossa experiência no VER-SUS considerando o âmbito da educação continuada. Para isso, fomos "apresentados" e/ou mais "familiarizados" com as bases de dados importantes. Visitamos a BVS, Scielo, Lilacs entre outros, exercitando a busca e refinamento do assunto que queremos.
A atividade foi bastante interessante por acrescentar diretamente na nossa formação colaborando para uma busca mais qualificada de informação!
Para quem interessar possa, abaixo o último volume do infomativo:
http://www.otics.org/otics/estacoes-de-observacao/estacao-rio-saude-presente/infosaude

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Visita a clínica e palestra hanseníase


No dia 19 de Janeiro voltamos a clínica da família Dr. Hans Jurgen Fernando Dohmann com o a tarefa de começar nosso documentário. Fomos divididos em quatro grupos. Meu grupo ficou responsável por acompanhar as atividades da saúde da mulher. Acompanhamos uma consulta ginecológica, e sobre esse assunto foi só o que conseguimos. Aproveitamos o tempo "livre" para conversar e registrar outros atores do posto, entre eles o agente comunitário, alguns usuários, técnicos entre outros. A atividade foi produtiva se considerarmos o contato e os relatos de experiências dessas pessoas, mas não conseguimos nos apropriar muito de como é tratada a saúde da mulher, sua promoção e a impressão das usuárias sobre o assunto.
A tarde fomos em uma palestra sobre a hanseníase, dada pela enfermeira Verônica Nogueira, no posto de saúde Dr. Alvimar de Carvalho, onde a estrutura e as filas são semelhantes as que comentei, anteriormente, estar mais acostumada a ver.
Para falar do assunto a enfermeira levou uma paciente com a doença controlada para usá-la como exemplo. Os sintomas, tratamento e possíveis sequelas foram mostrados usando a paciente como peça anatômica. Foi comentado a falta de preparo dos profissionais e a dificuldade da identificação da doença em alguns casos, tornando-a mais perigosa em função das sequelas.
O assunto é interessante, a iniciativa de se educar para diagnóstico e cuidado pós controle da doença também, embora mais uma vez acredito ter presenciado um modelo de promoção em saúde pouco eficaz.

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Oficina de vídeo Fiocruz


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Hoje, dia 18 de Janeiro, passamos o dia na Fiocruz em uma nanoficina de vídeo para termos noções básicas de como produzir um documentário. O intuito dessa atividade é nos auxiliar no registro das nossas vivências no projeto VER SUS. Achei bem interessante essa oficina por viabilizar mais uma maneira de falar sobre saúde.
Amanhã começaremos a pôr em prática os ensinamentos adquiridos!

Visita a clínica da família Dr. Hans Jurgen Fernando Dohmann


No dia 17 de Janeiro de 2011 demos início ao VER SUS Rio. O Projeto Vivência e Estágio na Realidade do Sistema Único de Saúde, que tem sua intitulação autoexplicativa, começou com uma visita a clínica da família Dr. Hans Jurgen Fernando Dohmann, que me causou um certo estranhamento, seguido de muita satisfação ao me deparar com uma infraestrutura bem planejada e singular.
Quando penso no espaço físico do atendimento primário em saúde, inevitavelmente me vem a mente lugares escuros, com filas, pouco acolhedores. Enfim, ambientes pouco organizados e precários. Entretanto, nessa clínica, também conhecida como clínica da brisa, consegui, a partir da infraestrutura, passar uma "sensação" de um ambiente agradável, tanto para o trabalhador, quanto para o paciente, como também de um serviço de saúde de qualidade. Vale lembrar que a estrutura foi desenvolvida considerando a opinião dos atores envolvidos e as particularidades da região.



Após essa primeira impressão, fomos convidados a conhecer o projeto Academia Carioca da Saúde, uma iniciativa promissora que há um ano vem disponibilizando a sociedade um espaço para a prática corporal, quase sempre recomendada para pacientes hipertensos, diabéticos, obesos, entre outros, mudando a concepção de procurar o posto para tratar a doença fazendo desse espaço um meio para gerar saúde. Com esse relato do projeto e posteriormente a fala de José Carlos Prado Junior, superintendente da atenção primária de saúde do munício, foi possível perceber o empenho da gestão em investir na atenção básica, aumentando, com qualidade a cobertura do serviço.



Presenciamos também uma tuma da Academia Carioca, sob supervisão do professor Kleber, que comprovaram o sucesso dessa atividade. Posteriormente participamos de uma palestra de promoção e educação em saúde bucal direcionada para a comunidade. Foi possível perceber o interesse e empenho do profissional com sua atividade. Todavia, seu discurso venho acompanhado de imposições, culpabilização e pouco diálogo com a comunidade, para entender quais as dificuldades para tornar o cuidado com a saúde bucal algo presente na rotina das famílias. Considero essa atividade pedagógica pouco eficiente por não considerar a realidade daquelas pessoas e muito comum nas rotinas de promoção e educação. Creio que como solução, essa forma de ensino, onde se acredita que um indíviduo é retentor do conhecimento e que o outro só tem a absorver e nada a contribuir por não ter o conhecimento científico, deve ser repensada, uma vez que, segundo Paulo Freire o conhecimento se constrói em conjunto, através da troca de experiências.
Por fim, tivemos uma demonstração de como se cria um blog, para podermos registrar todas as nossas vivências!
Por hoje é só! AbraSUS!

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